Em algum momento em nossa vida temos que escolher qual caminho trilhar e mudamos sem querer o rumo predestinado. Isso acontece, muitas vezes, sem que ao menos possamos perceber, só tempos depois, quando paramos e analisamos o motivo de alguma tristeza, notamos que foi naquela rota por nós seguida que tudo começou.
Nossas vidas seguem assim, sempre topamos com essas escolhas, sejam no campo profissional, no afetivo, onde muitas vezes nos perdemos por trilhas que não levam a lugar algum. Nessas questões do coração, optamos pelos caminhos mais fáceis, aquele que se mostra estável, o que trará menos questionamentos. Por vezes, algumas pessoas usando seu lado prático e racional acertam e são felizes.
Mas e quando o caminho escolhido não é aquele que nosso coração deseja? A cabeça nem sempre está de acordo com o que o coração quer, ela quase sempre opta pelo mais cômodo e óbvio.
Um dia, se ele não se sentiu pleno com o amor presente, vem aquela saudade doida que sufoca e do nada aflora o questionamento se a decisão racional foi a acertada.
Se aquele caminho escolhido não está fazendo bem, daí ele mesmo não querendo admitir que errou, lança sinais que é chegada a hora da partida e o coração não nos mostra pra onde, pq a escolha inicial se perdeu com o tempo, ele apenas avisa lançando palpites irresponsáveis, daí o mundo todo desaba sobre nossa cabeça. Se seguirmos o caminho mais fácil sem ouvir o coração, carregaremos sempre aquela pergunta, pela eternidade, "E se..." E você se sente assim: -“É sou feliz hoje, tenho uma vida estável, segura, sinto até uma certa ternura por ele, tenho sucesso na minha carreira, ebaaa tenho dinheiro! Sou feliz? Meu coração nunca mais disparou do nada, as noites estreladas são somente noites estreladas. Ah mas trago comigo as lembranças... Mas viver desse passado que foi negado por mim, para mim, não faz o meu presente melhor”.
Seria prático decidirmos pelo politicamente correto, não precisaríamos de coragem, não correríamos riscos, que vida previsível! Tomar o caminho mais fácil é abaixar a cabeça para o sentimento que pulsa no peito, para o desejo da alma que implora uma chance nessa vida de ser feliz, é acatar a imposição de uma sociedade ‘hipócrita’, nascemos diferentes uns dos outros, escolhas são individuais. Há aquelas pessoas que não querem o preto e branco, que preferem um arco-íris pra sua vida, pintar a alma de todos os tons possíveis.
Optar pelo caminho mais difícil, também não quer dizer que é o certo, como então saber qual seria esse tal caminho correto? Acredito que é aquele que você para e olha bem longe e tenta enxergar no final de tudo, lá no finalzinho, um par de olhos brilhantes que te fitam e te iluminam por dentro, mesmo a tantas eras à frente.
Depois das escolhas, quando sua face estiver marcada pelo tempo, faça essa pergunta pra si mesma: - "isto tem me trazido paz interior, amor, sou feliz?" e se todas as respostas encontradas por você, forem SIM, você conseguiu!
sábado, agosto 18, 2007
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