quarta-feira, janeiro 09, 2008

...Hora Certa...

Sério, sensível, rabugento ou engraçado. Cada um é como é. Cada um tem sua rotina, sua forma de pensar e encarar a vida. Mas tem algo que todos temos em comum: o desejo de encontrar alguém especial. Todos esperam por alguém bonito, inteligente, espirituoso, compreensivo. Alguém que invada nossos corações, faça nosso mundo virar de pernas pro ar e nossa vida ganhar um novo rumo, por algum motivo nunca explicado nem entendido. Contudo, o que acontece se essa pessoa chegar na hora errada?
Perdi as contas de quantas vezes já ouvi reclamações quanto aos momentos inoportunos em que o cupido resolve atirar suas flechas. As desculpas pra puxar os escudos são sempre as mesmas: decepções recentes, falta de tempo pra dedicar a questões pessoais ou medo de se envolver e se machucar. Porém, confesso que nenhuma delas me convence.
Amor é sintonia. É conversa, afinidade, admiração. Amor é olhos nos olhos. É química, fascínio, atração. Amor é imprevisto. É impensado, inesperado, involuntário. Não tem momento certo pra acontecer nem marca hora pra chegar. E a graça está justamente no senso de mistério e surpresa que ele desperta.
Mas o que fazer se ele aparece justamente quando estamos ocupados demais pra nos rendermos a ele? Será que devemos convida-lo pra sentar, tomar um café e pedir pra que ele espere nossos corações despertarem pra vive-lo? Será que não é pedir demais?
Isso foge da minha compreensão. Esperamos tanto tempo por algo que revolucione nossos sentimentos e quando finalmente o temos decidimos colocá-lo em stand by. Se o amor tende apenas a nos trazer emoções gostosas e momentos mágicos, por que fugimos tanto dele? Por que nos escondemos?
Não há medo maior do que o de viver uma vida vazia. Uma vida sem tentativas, sem erros nem acertos. Como saberemos se um sentimento será bom ou ruim se não nos aventurarmos a vive-lo? Não quero ser a pessoa certa na hora errada. Simplesmente porque não existe um momento exato pra nos entregarmos a uma relação. Não quero esperar por alguém que não virá.

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