Se eu for para tal lugar vão pensar que eu sou isso, se eu falar com um fulano qualquer vão dizer que sou aquilo, se eu fizer tal coisa vão conspirar que sou aquele outro. Quanto tempo perdemos nos preocupando com os outros. Tentamos de todas as formas colocar a culpa por nossas inseguranças nas pessoas que nos rodeiam, e nas com quem não convivemos também, quando no fundo sabemos que não são os outros que tanto tememos. O que nos amedronta somos nós mesmos, as nossas consciências.
Podemos decepcionar nossos pais quando fazemos algo que eles julgam errado, magoar um amigo quando falamos sem pensar. Mas nenhuma desilusão é maior do que a de não agir de acordo com o que nós mesmos esperamos de nós. E a nossa consciência é um juiz implacável.
Perturba nosso sono, embaralha nosso pensamento, cutuca nossa alma. Não nos deixa a sós sequer por um instante e faz questão de nos relembrar constantemente dos nossos equívocos. Ao menos, até que a gente se mova e os conserte.
Na medida em que afastamos nossos fantasmas, absolvemo-nos de nossas fraquezas e defeitos e aceitamos a nós mesmos exatamente como somos nos tornamos livres. Livres para sermos o que queremos ser.
Quando digo que pouco me interessa o que os outros pensam eu falo sério. Não deixo que comentários maldosos e fofocas tolas me impeçam de fazer o que eu quero, o que me faz bem. Confesso que adoraria que todos me enxergassem como eu me vejo no espelho todos os dias, por outro lado por mais que eu conheça bem os meus princípios, nem eu mesma sei interpretar o que ele reflete. Às vezes sou menina, outras mulher, às vezes feliz, outras triste, e assim apenas começam as minhas contradições. E isso não me incomoda.
Aprendi a não repreender a parte criança de mim. À minha outra metade madura dei carta branca para conviver, festejar, dançar e fazer o que bem entender porque comigo ela tem respaldo suficiente para bancar com seus atos. Ao meu lado feliz permiti que distribua os sorrisos que bem entender, ao triste, liberei as lágrimas. Assim, sou triste na minha alegria, alegre na minha tristeza.
O que os outros vão pensar? O que importa é que eu... eu estou em paz.
quarta-feira, novembro 28, 2007
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